O futsal é um esporte de alta intensidade, exigindo dos jogadores uma combinação de habilidades técnicas refinadas, força explosiva, agilidade e resistência física. Entender as características morfológicas e de força muscular dos atletas é essencial para otimizar a performance no jogo. Um estudo recente realizado com atletas paraibanos de futsal de elite traz uma análise detalhada dessas variáveis, oferecendo insights valiosos sobre as diferenças físicas entre as diferentes posições e como essas características influenciam no desempenho e no treinamento.
Desvendando as Características Morfológicas e Musculares no Futsal
Este estudo transversal teve como objetivo avaliar indicadores morfológicos e de força muscular isométrica em 18 atletas profissionais de futsal masculino da Paraíba, com idades entre 19 e 27 anos. Esses atletas estavam no período pré-competitivo, momento crucial para avaliar suas condições físicas e planejar os treinamentos. Foram analisadas variáveis como massa corporal, estatura, composição corporal (adiposidade e somatotipo) e força muscular isométrica dos membros inferiores (FIMI).
As Diferenças Morfológicas: Como a Posição Define o Corpo do Atleta
Os resultados do estudo revelaram diferenças significativas entre os jogadores de diferentes posições:
- Índice de Massa Corporal (IMC) e Adiposidade Corporal: Os alas, conhecidos por sua agilidade e capacidade de percorrer longas distâncias no campo, apresentaram IMC significativamente menor em comparação aos fixos, e também tiveram menor adiposidade corporal. Isso pode ser explicado pela maior necessidade de resistência e agilidade dos alas, que, por sua vez, demandam menor peso corporal e maior leveza para executar movimentos rápidos e mudanças de direção.
- Somatotipo: O somatotipo, que classifica os atletas de acordo com a distribuição de gordura e massa muscular, também variou entre as posições. Goleiros, pivôs e fixos apresentaram somatotipos classificados como “mesomorfo endomórfico”, com maior predominância de massa muscular e gordura, o que é condizente com a necessidade desses jogadores de exercerem mais força e estabilidade, principalmente durante as disputas e jogadas de contato. Por outro lado, os alas foram classificados como “mesomorfo equilibrado”, indicando uma distribuição mais equilibrada entre massa muscular e pouca gordura corporal, o que facilita a velocidade e agilidade exigidas para essa posição.
Força Muscular Isométrica: A Potência dos Membros Inferiores
Outro ponto essencial analisado no estudo foi a força muscular isométrica dos membros inferiores (FIMI). A análise revelou que a força muscular isométrica dos membros inferiores não apresentou diferenças significativas entre as posições, embora os pivôs e fixos apresentassem valores ligeiramente mais altos.
Alavancando as Diferenças
Os alas, que se destacam pela leveza e agilidade, podem se beneficiar de programas de treinamento focados na resistência e explosão, visando o aumento da velocidade e a capacidade de realizar mudanças rápidas de direção sem perder o controle. Já os pivôs, goleiros e fixos, que necessitam de maior estabilidade, força e resistência muscular para disputas e movimentações em espaços mais reduzidos, podem se beneficiar de treinos de força mais intensos, voltados para o desenvolvimento da potência e resistência muscular.
Implicações para o Treinamento no Futsal
A variabilidade entre as posições no futsal exige que o planejamento físico seja feito de forma estratégica, levando em conta as características específicas de cada jogador. Por fim, a pesquisa reforça a premissa de que, para otimizar o desempenho no futsal, é fundamental que o treinamento físico seja desenvolvido de acordo com as exigências táticas e funcionais do jogo, permitindo que cada atleta atinja seu pleno potencial no campo.
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